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Autopromoção

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Valentina Caran, garota-propaganda da própria marca

Valentina Caran, garota-propaganda da própria marca

Valentina Caran, 59 anos Nascida em Monte Mor (SP)

Por que você aparece nas propagandas da sua empresa? Começou quando surgiu um corretor de imóveis com nome parecido com o meu e que usava a mesma tipologia nas placas de vendas. Aí decidi agregar a minha imagem às minhas placas. Não tenha dúvida: é preciso muita coragem para estampar a própria foto em faixas de 20 metros em plena avenida Paulista. Foi quando adotei o slogan: “Vendo, alugo e apareço”.

Na sua infância você sonhava em ter seu rosto reconhecido? Minha família era bastante humilde. Eu e meus irmãos começamos a trabalhar cedo na roça, como colhedores de tomates. Meus sonhos de infância eram iguais aos de muitas “caipirinhas”: vir para São Paulo, ganhar dinheiro, construir uma família e trabalhar na televisão. Até tentei a carreira de atriz, mas, na primeira figuração, achei cansativo e sem graça. Ter o rosto estampado em placas é mais divertido.

Qual é o segredo do bom vendedor? Acreditar no produto, ter transparência, seriedade, garra e motivação.

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Sidney Oliveira, garoto-propaganda da própria marca

Sidney Oliveira, garoto-propaganda da própria marca

Sidney Oliveira, 59 anos Nascido em Umuarama (PR)

Por que você usa o seu rosto nos comerciais da Ultrafarma? Criei a empresa quando estavam surgindo os medicamentos genéricos. Queria abrir uma farmácia para vendê-los. Pensei em uma forma de transmitir credibilidade aos genéricos, pois na época as pessoas tinham receio por serem remédios muito baratos. Então me inspirei em uma empresa estrangeira que utilizava o rosto do dono em seu logo. Achei que seria uma forma de passar confiança.

Na sua infância você sonhava em ter seu rosto conhecido? Cresci no interior do Paraná. Meu primeiro emprego foi quando eu tinha 9 anos de idade, em uma pequena farmácia do município de Umuarama, onde eu lustrava vitrines, atendia à população e me apaixonei pelo ramo farmacêutico. Mas, quanto ao meu rosto, eu não tinha essa pretensão [risos].

Qual é o segredo do bom vendedor? Mesmo com uma rotina corrida, faço questão de percorrer as farmácias e conversar pessoalmente com os meus clientes. Isso é fundamental, pois um negócio só faz sucesso se eles estiverem satisfeitos.


#Selfies em Óleo

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Registrar a si mesmo é um ato que desperta compaixão e desprezo nas mídias sociais, mas essa forma de narcisismo exacerbado não é exatamente um fenômeno recente. A história da arte está aí para provar que há mais semelhanças entre Van Gogh e Justin Bieber, entre Frida Kahlo e Kim Kardashian do que gostaríamos de admitir: o renascentista Dürer foi pioneiro na prática e o expressionista Schiele pintou mais de 90 quadros do tipo.

Em um exercício de imaginação, a Trip transformou algumas das grandes pinturas da história em simples atualizações de perfil. Veja na galeria.

Virei viral

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A pedido da Trip, a apresentadora de TV Marina Person comentou quatro vídeos virais que criaram celebridades instantâneas na internet. Ela vai falar sobre o assunto na mostra de cultura digital Virei Viral, que ocorre entre os dias 24 e 27 deste mês no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Nissim Ourfali
“O vídeo feito para a festa de Bar Mitzvá do garoto virou um clássico dos 15 minutos de fama involuntários. Todo mundo cantou ‘eu sou Nissim Ourfali!”

Não fecha a porta, tá?
“Na categoria infantil, tem a garota Isabela, de 2 anos, indignada porque o pai fechou a porta de casa. O vídeo teve quase 14 milhões de visualizações.”

Bowie no espaço
“Na linha ‘fiz pra todo mundo ver, mas não esperava esse sucesso todo’, escolho o astronauta canadense Chris Hadfield, que cantou ‘Space Oddity’ do David Bowie no espaço.”

Luisa Marilac
“Entre os virais trash, o mais óbvio é o da Luisa Marilac, que fez fama tomando ‘uns bons drinque’ em uma piscina.”

Vai lá: www.vireiviral.com.br

Lixo de artista

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Edgar Duvivier e suas latinhas recheadas de matéria orgânica

Edgar Duvivier e suas latinhas recheadas de matéria orgânica


Edgar Duvivier, músico, artista e pai do Gregorio, aquele do Porta dos Fundos, lançou uma campanha para financiar um projeto chamado O Atelier. Além de uma página no Catarse, a rede brasileira de crowdfunding, ele colocou à venda 90 latinhas hermeticamente fechadas contendo o húmus que resulta dos sucos de frutas e legumes que ele gosta de preparar pela manhã. Junto vai uma semente de pitangueira.

A ideia foi emprestada do artista Piero Mazoni, que, em 1931, vendeu o mesmo número de latinhas recheadas, no entanto, de sua própria matéria orgânica – sim, suas fezes. Custavam US$ 400. Três décadas depois, uma delas foi arrematada por US$ 67 mil em um leilão da Sotherby’s. “Se tudo correr bem, daqui a alguns anos, minhas latinhas estarão custando milhares de dólares também, e quem comprar terá feito um ótimo negócio.

Se não for tão bem, a pessoa terá adquirido uma latinha com húmus e uma pitangueira em potencial, pronta para virar árvore e dar frutos”, diz Duvivier. O Atelier consiste em um curta-metragem – com Maria Clara Gueiros e Gregorio no elenco – sobre questões espinhosas da arte (valor, falsificação, originalidade etc.) e uma exposição no Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro, de 17 de novembro a 15 de dezembro.

Filma eu!

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Divulgação/Alexandre Cicconi

Três clientes suas, candidatas ao Miss Bumbum 2013

Três clientes suas, candidatas ao Miss Bumbum 2013

Peladona de Congonhas, Gata do Paulistão, Miss Bumbum, Musa da Copa das Confederações... Você pode não

Divulgação/Alexandre Cicconi

Cacau Oliver

Cacau Oliver

reconhecer o rosto dessas celebridades instantâneas. Mas talvez reconheça outra parte do corpo delas que costuma aparecer mais, vide a foto acima. Isso graças ao assessor de imprensa Cacau Oliver, 35 anos, há 12 responsável pela imagem dessas e de outras subcelebridades que atendem por vocativos provocantes e raramente são lembradas por seus nomes reais. “Todas querem a mesma coisa, seja fama, entrar no reality-show ou ser capa de revista masculina”, diz. Foi Cacau quem criou, em 2010, o concurso Miss Bumbum, que reúne candidatas de todo o país. A bunda mais bonita leva pra casa o prêmio de R$ 5 mil, além da oportunidade de aparecer em sites de fofoca, programas de TV e eventos.

Existe fórmula pro sucesso? Se você parar pra pensar, todas as apresentadoras que estão hoje onde estão – Xuxa, Galisteu, Cicarelli – ficaram famosas por um fato. Ou namoraram alguém ou ganharam um concurso. A Peladona de Congonhas ou a Miss Bumbum também ficaram famosas por um fato. A assessoria ajuda, é fundamental para desenvolver o assunto. Geralmente, as ideias mais comuns, as mais bobas, são as que mais vendem. Hoje mesmo vi uma ex-BBB que fez uma foto da sua privada entupida. Estava na home de cinco sites.

Você não se incomoda quando chamam suas clientes de subcelebridades? Subcelebridade é um termo novo, não sei o que define. Afinal, a sub aparece no mesmo site que a top. Claro que a polêmica vende mais rápido, mas tem gente que não quer ser atriz famosa. Só quer ser conhecida ou ser a gostosona do Carnaval. Falam que a fama é passageira, mas a Peladona de Congonhas aconteceu há um ano e meio. Então tá durando, né?

Lidar com ego é complicado? É. Tem três frases que eu sempre tenho que falar: “Você tá bonita. Seu cabelo tá ótimo. Vai dar tudo certo”. Estar na mídia é como ser viciado. Quanto mais você tem, mais você quer. Isso vale pra qualquer pessoa, desde a que está começando até a top celebridade. Jogador de futebol não precisaria beijar um cara na boca e postar na rede social. Mas o ego faz isso acontecer.

Ricardo Guimarães: 'Papa repaginado'

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Vokos

 

Caro Paulo,

O papa Francisco é a minha celebridade favorita. Dá um Google em “papa jogo dos sete erros” e entra em “imagens”. Faça isso e você vai me agradecer para sempre. É genial. Você vai ver o Bento e o Francisco, lado a lado, no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, porém, de formas totalmente diferentes. As diferenças não são erros. São evoluções. É a melhor coisa que vi para explicar o que mudou essencialmente no mundo do século 20 para o do século 21 e a razão de o papa Francisco ter arrebatado a todos tão unânime e rapidamente.

Mas, antes do jogo, vamos ampliar o olhar para além da pessoa do Francisco para entender o seu verdadeiro significado. Não se trata de ver como a pessoa é legal, mas por que ela foi considerada tão legal para o cargo. Aí vamos entender o espírito da época que o elegeu como “o” cara.

Como Francisco chegou até a posição de papa? Seu antecessor se demitiu por se sentir incapaz de administrar a complexidade da organização que dirigia: a Igreja perde participação em todos os mercados em que atua, tem corrupção no banco, lobbies internos agressivos, um descontrole só. Os cardeais, sabedores de toda a encrenca e que deveriam encontrar um substituto que desse conta daquele desafio épico, analisaram vários perfis alternativos e concluíram que Francisco teria sucesso onde Bento fracassou.

O que ele não tem que o Bento tem? Não errei a pergunta. Veja a foto dos dois, comece a jogar e você vai entender. O Bento está num tablado mais alto e vermelho, usa sapatos vermelhos feitos sob encomenda, está sentado numa cadeira dourada, de espaldar altíssimo, toda torneada, veste roupa bordada em ouro e está arcado sobre um texto que deve ser o discurso que alguém escreveu para ele ler. Francisco está num tablado menor e marrom, seu sapato é preto e comum, sua cadeira é de madeira escura, de tecido branco e espaldar baixo, sua roupa é branca e sem adereços e ele não tem nenhum texto na mão.

Por trás das diferenças, o fato é que o Bento tem uma estrutura corporativa e uma política de gestão que o protegem, o oprimem e são conservadoras do status quo. Tudo parece pesar sobre ele. Fixe seus olhos na figura do Bento e é capaz de você ver o cerimonial e a hierarquia do Vaticano dizendo como ele deve fazer. Foi assim que ele não deu certo. Francisco não convive com isso e por isso mesmo foi designado para o cargo. Simplicidade, leveza, franqueza, contato direto com a realidade são condições para o seu sucesso. Ele rebrifou todo o design dos móveis, da roupa, dos objetos, dos processos e dos procedimentos porque eram entulhos que atrapalhavam sua missão. E ele não fez isso porque aprendeu no MBA, mas porque aprendeu com sua própria biografia e suas crenças, que foram escolhidas como adequadas para lidar com a complexidade da situação.

Novo design

Pela mesma razão ele mudou o design da sua habitação: não mais isolado num quarto de 300 metros quadrados onde recebia relatórios sobre o mundo, mas num quarto normal do Santa Marta, no meio do vaivém de padres do mundo inteiro, onde ele pode receber as notícias diretamente. Mudou o design do papamóvel mandando tirar os vidros para que ele sentisse o povo e se relacionasse com as pessoas.

Se alguém falar que ele é bom de marketing, não leu duas linhas sobre a história do cara e não tem noção do que é o design que captura o zeitgeist. Seu sucesso não depende de estudo nem de pesquisa ou de planos de marqueteiros. É questão de contemporaneidade. Eu torço por ele porque, entre tantas celebridades que exibem o pior de nossa humanidade, ele mostra o nosso lado mais legal. Viva o Chico que mora em cada um de nós.

Abraço,

Ricardo

*Ricardo Guimarães, 64, é presidente da Thymus Branding. Seu e-mail é ricardoguimaraes@thymus.com.br e seu Twitter é www.twitter.com/ricardo_thymus

Caramuru: 'Celebridades dignas desse nome'

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Vokos

 

A palavra celebridade vem do latim celebritate e, na origem, designava uma pessoa de boa reputação, dona de raras qualidades, digna, enfim, de ser celebrada. Não necessariamente, mas com frequência, aquele que era célebre era também um herói (do grego heroos), alguém notável por sua coragem, feitos incríveis, generosidade e altruísmo. Mas o tempo passou e agora eu perguntaria ao Luciano Huck, ou à Ana Maria Braga, ou ao pessoal da revista Caras: o que foi que deu errado no mundo de hoje?

Pois passou, mesmo, o tempo em que os heróis e as celebridades, aqueles que têm os nomes reverenciados, haviam sido “heróis de verdade”. Na maior parte dos casos, graças a feitos militares, mas às vezes como pessoas comuns que praticaram atos de heroísmo desinteressado, puro e simples. Algumas vezes, tamanhos eram os feitos praticados que, com o tempo, os heróis se tornavam semideuses, filhos de algum deus com uma pessoa. E também cabiam, no panteão das antigas celebridades, aqueles filósofos, cientistas, inventores, músicos, artistas ou escritores que, de alguma maneira, fizeram a roda girar. Claro, nem tudo era unanimidade: em certas ocasiões o herói de um povo seria visto como o carrasco de outro, e também houve situações em que o revisionismo histórico acabou por retirar boa parte da aura e do prestígio de um antigo herói. De uma forma ou de outra, porém, para ser visto como uma celebridade era preciso ter feito realmente algo excepcional, não raro com o sacrifício da própria vida.

Para ilustrar o parágrafo acima, eu poderia ter citado aleatoriamente figuras como: Ulisses; Alexandre, o Grande; Zumbi dos Palmares; Albert Sabin; Madre Teresa; Santos Dumont; Karl Marx; Mozart; ou mesmo algum diplomata, bombeiro ou soldado que tenha se arriscado para salvar vidas anônimas. Todos eles, cada um a seu modo, dignos de serem vistos como celebridades.

O problema é que, de algum tempo para cá, a renovação dos tais nomes reverenciados passou a trazer para o imaginário coletivo heróis que não eram bem heróis e estavam longe de ter o calibre dos mais antigos. Começaram a entrar para o clube atletas ou astros de rock muito bem pagos, ainda que de alguma maneira diferenciados, frequentemente influentes e eventualmente expostos a algum risco. Exemplos? Ayrton Senna, John Lennon, Bob Marley ou Pelé. Ou seja: no fim do século 20, os heróis ainda se destacavam por seus feitos, mas eram quase sempre patrocinados ou tinham salários milionários.

Zé Manés

Mas, conforme chegávamos aos dias de hoje, a coisa começou a liberar geral, e os nomes celebrados passaram a ser os de qualquer zé mané. Ou, melhor colocando: todo mundo passou a acreditar que tinha o direito a ficar famoso e ser reverenciado. Mesmo que somente por minutos, como na profecia de Andy Warhol. E mesmo que não tivesse feito qualquer sacrifício por alguma pessoa ou causa, ou tivesse construído alguma coisa minimamente relevante. Atingimos o ponto em que se é famoso pelo simples fato de ser famoso. Se cuidem, Aquiles, Nelson Mandela e Mahatma Gandhi, que os nossos são os tempos de Paris Hilton, Anitta e das inúmeras e efêmeras estrelas do Domingão do Faustão.

Tempos de música sem músicos, de arte sem artistas, de mensagens sem conteúdo (como aquelas que a gente vê no Twitter: “Fome, indo para a padaria”). Marshall McLuhan, apontando os poderes da indústria cultural no século 20, fez a conhecida afirmação de que o meio é a mensagem. Se ainda vivesse hoje, ele talvez tomasse um susto, pois agora nós chegamos aos incríveis tempos do meio sem a mensagem e das celebridades não celebráveis. É claro, não sejamos tão pessimistas: os velhos e verdadeiros heróis ainda existem. Só que eles têm, cada vez mais, andado em má companhia.

*André Caramuru Aubert, 50, é historiador, editor e autor do romance A vida nas montanhas. Seu e-mail é acaramuru@trip.com.br

Vale a pena ver de novo

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Vivemos em um período em que a cultura, diferente do que antes tinha esse nome, deixou de ser elitista, erudita, excludente e transformou-se em genuína cultura de massa. Hoje vivemos a primazia das imagens sobre as ideias. O domínio absoluto de cinema, televisão, espetáculos e internet. Estamos sempre ligados, sintonizados com a novidade não importa qual, contanto que seja nova. Neste universo de modismos passageiros, a publicidade não só é parte constitutiva da vida cultural, como também seu vetor determinante.

Ela exerce influência decisiva sobre os gostos, a sensibilidade, a imaginação e os costumes de todas as camadas sociais. Essa função, que no passado era desempenhada por sistemas filosóficos, crenças religiosas, ideologias e doutrinas, hoje é exercida principalmente nas agências de publicidade. Basta dar uma zapeada pela TV para perceber isso. A maioria dos comerciais é estrelada por atrizes, jogadores de futebol, cantoras, modelos, humoristas e apresentadores de TV. Não digo que isso seja ruim; digo simplesmente que é assim. São raras as campanhas com anônimos. O que vale é o sucesso comercial imediato do produto. Na maioria das vezes, o bom é o que tem sucesso; mau é o que fracassa e não conquista o público. Nesse caleidoscópio de marcas, decidimos conhecer dois ícones da publicidade que saíram do anonimato para o mundo das celebridades: o Baixinho da Kaiser e Sebastian da C&A .

Marcamos um encontro no Mercado Municipal de São Paulo, músculo cardíaco da capital. Já na entrada, vejo o Baixinho envolto por uma pequena multidão de fãs. Como Sebastian está a caminho, aproveito o embalo para conhecer os bastidores e as intimidades da ascensão de José Valien Royo, “nascido em Barcelona, mas brasileiro de coração”. Antes da fama, ele era motorista freelancer. Mas, como prestava serviços para agências de publicidade e sempre esbanjou simpatia, costumava ser chamado para fazer pontas em diversos comerciais. S

ua história com a Kaiser começou em 1986. José Zaragoza, um dos donos da agência DPZ, foi com a sua cara e o colocou no set de gravação de um comercial teste para a marca, que ainda não era cliente da agência. “Todo mundo seguia uma coreografia, mas eu simplesmente não conseguia fazer os movimentos. Pensei até em desistir. Uma hora, o Zaragoza gritou lá do fundo: ‘Pessoal, é isso aí, filmagem acabada. O que é certo dá errado e o que é errado dá certo’.” Não precisamos nem dizer que, de fato, tudo deu muito certo. A Kaiser assinou com a DPZ. E José virou o Baixinho.

A boina, uma das marcas registradas do personagem, também surgiu por acaso. “A luz dos refletores batia na minha careca e refletia. Peguei a boina emprestada do diretor”, conta. O primeiro comercial foi gravado em um banheiro. Um monte de gente usando os mictórios e o Baixinho na dele, urinando sem parar. “Só pode ser Kaiser”, alguém comentava. O filme ganhou o Leão de Ouro no Festival de Publicidade de Cannes. “Mesmo depois dos comercias, continuei trabalhando de motorista durante um ano. Hoje agradeço profundamente à Kaiser pela minha independência financeira.”

 

“O namoro com a Karina Bacchi me colocou na crista da onda"

 

A relação com a marca durou até 2002. Depois, em 2006, voltou ao ar. Fotos do Baixinho beijando a bombshell Karina Bacchi invadiram as páginas das revistas de fofoca. Golpe de marketing ou amor verdadeiro? O próprio jura que era verdade, sem dar mais detalhes a respeito. “O namoro com a Karina Bacchi me colocou na crista da onda. Depois ainda vieram a Adriane Galisteu e a Danielle Winits. Foi uma loucura na minha vida”, lembra, com um sorriso no rosto.

Sinto uma presença magnética vibrando no ambiente. A energia e a voz de Louis Armstrong provinham da alma do avatar Sebastian. Como uma divindade, ele encantava a todos. Vestia um paletó estilo Jamaica “raggamuffin” e sapatos impecavelmente lustrados. Simpatizei no ato com a figura. De cara, já quis tirar a dúvida: “Sebastian, confundiam muito você com o Jorge Lafond, que interpretava o ícone Vera Verão?”. “Juro que não”, exclamou. “Mas conheci o Lafond, uma pessoa maravilhosa. Ele, no entanto, deixou o personagem ficar maior do que ele. Tento sempre separar uma coisa da outra.”

Tal qual o Baixinho, ele não quis revelar quantos anos tem. “Tenho a idade do amor, da adolescência, da grandeza, da vida...”, desconversou. Mas depois deixou escapar: tem 47 anos, sendo 20 deles como garoto-propaganda da C&A. É casado há 23 anos e tem dois filhos.

Abuse & Use

Observo o Baixinho conversando, ou melhor, palestrando para um grupo de mais de dez pessoas. Suavemente me aproximo e convoco a dupla para seguirmos em frente. Quero saber quais são as referências, os ídolos e mestres da dupla. Sebastian, como um ninja, dá duas piruetas, três parafusos e, com a voz embargada de emoção, posiciona seu panteão: Duke Ellington, Elis Regina, Grande Otelo, Tom Jobim, Toni Tornado, Ella Fitzgerald e Louis Amstrong. Já o Baixinho, com seu jeito de encantador de serpentes e leoas, é mais econômico: o mestre Charles Chaplin. “Arthur, o Baixinho nos comerciais não fala. Sou do cinema mudo”, explica. Sebastian instantaneamente cai no chão gargalhando.

Depois de vinho, frios, frutas, café e queijos, mais uma parada para degustar delícias da culinária árabe. Porções de mijadra, homus e babaganuche são pedidas. Estou estufado de tanto comer e beber. Por incrível que pareça, eis que surge a esposa e um dos filhos do Baixinho. Com uma agenda repleta de compromissos, ele elegantemente se despede e ainda atende uma fila de fãs para outra sessão de fotos. Sebastian está de boa e conta orgulhoso sobre o que é, na opinião dele, sua principal contribuição como ser humano: o Núcleo de Artes Cênicas Sebastian, um centro cultural em Osasco aberto há dez anos que oferece aulas de artes diversas para cerca de 300 crianças e adolescentes. “Essa é uma forma de eu agradecer ao Brasil e ao planeta.” Sua formação é na música, no teatro e no sapateado. Foi convidado para fazer um teste para a C&A em 1989. Passou. O resto da história você sabe.

Fomos recebidos a pão de ló por todos os vendedores do Mercado. E esta matéria quase não aconteceu tamanho o assédio de fãs da dupla que pediam autógrafos e fotos. Aludindo a outro comercial atemporal, “o tempo passa, o tempo voa, mas a popularidade do Baixinho e do Sebastian continua numa boa”. “O namoro com a Karina Bacchi me colocou na crista da onda. Foi uma loucura na minha vida”, diz o baixinho


Art Wars

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Os guardas do Império Galático, da saga Star Wars, raramente são vistos sem capacetes. Talvez por isso mesmo essa parte das armaduras dos Stormtroopers tenham virado um ícone pop - revisitado sob curadoria do seu criador e da empresa ArtBelow na série Art Wars.

A companhia e Andrew Sinsworth convidaram dezenove artistas para recriarem o célebre capacete, aos moldes de projetos como a Cow Parade. Na lista estão o Mr. Brainwasher, famoso por protagonizar o documentário do britânico Banksy, e o vanguardista Damian Hirst.

Embora não haja nomes do Brasil no time, uma das peças chama atenção pelas suas cores. Feita pelo inglês Jason Brooks, o capacete Ayrton homenageia o maior piloto brasileiro do automobilismo.

Vai lá: www.artwars.net

Soy Latino

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O último sábado de outubro, dia 26, celebra o nosso continente em seu palco paulistano. O Memorial da América Latina cediará a primeira edição do Soy Latino - Festival Cultural e Gastronômico Latino Americano de São Paulo.

A lista de atrações musicais conta com artistas como o cantor cubano Fernando Ferrer e seu quinteto, o grupo Perú Inkas, Nueva Expresión, além de grupos folclóricos, danças típicas e DJs. A gastronomia fica por conta de pratos conhecidos como empanadas, salteñas, arepas, ceviche, etc.

"Vamos poder mostrar no Festival nossa cultura e apresentar os protagonistas de nossa comunidade latino-americana, tanto da gastronomia como da música, que moram na cidade e que são para boa parte da população personagens desconhecidos. Isto servirá como ponte de integração de nossa comunidade latina com o povo brasileiro", diz o peruano residente em São Paulo Ives Berger, um dos organizadores do festival.

"Fica aqui nosso convite para que através dos sabores e os ritmos de nosso continente possamos no dia 26/10 interagir e chegar juntos à conclusão que apesar de não falar a mesma língua, todos somos latinos e temos muitas coisas em comum", convida Berger.

Vai lá: Soy Latino - Festival Cultural e Gastronômico Latino Americano de São Paulo
Quando: Dia 26/10 - Das 12h às 20h
Onde: Memorial da América Latina - Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo
Quanto: Gratuito
Realização: El Guia Latino, Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante – CDHIC
Apoio: Coordenação de Políticas para Migrantes – Secretaria de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da Prefeitura de São Paulo
Fanpage: www.facebook.com/FestivalSoyLatino 

Terror da terra

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Tradicionalmente, o fim de outubro marca a comemoração do Halloween nos países anglo-saxões. No Brasil, a data marca a divisão de boa parte da população em dois times: apoiadores e detratores da festa - alguns não querem vê-la nem pintada como Dia das Bruxas.

Para não escolher uma camisa, mas também para não ficar indiferente à polêmica, resolvemos juntar o lado bom de cada lado - ou o lado ruim, nefasto e horroroso. A solução veio com uma lista de filmes de terror feitos no país.

A seleção vai de clássicos a novidades e tem até espaço para curta-metragem. A única obrigação é botar medo ou causar repulsa sem deixar de usar os temperos da terra. (Atenção: a maioria dos filmes é recomendada a maiores de 18 anos)

Trilogia de Zé do Caixão
José Mojica Marins está no rol de cineastas cujas criaturas superam criadores. Sob sua direção e atuação o coveiro sádico Zé do Caixão é, até hoje, sinônimo de terror no Brasil. Sua estreia nas telas foi em 1963 com o título À meia-noite levarei sua alma, seguido por Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver de 1966. A busca do personagem pela mulher perfeita só seria finda em 2008 no filme Encarnação do Demônio.

Trilogia Fábulas Negras
Filmado pela produtora de mesmo nome, os filmes Mangue Negro, A Noite dos Chupacabras e Mar Negro são escritos e dirigos por Rodrigo Aragão. Especialista em efeitos especiais, o jovem não economizou em sangue jorrando, carne em decomposição e golpes mortais nos filmes que juntam o fino do gore e slasher a lendas e cenários brasileiros.

Porto dos Mortos
Policial persegue assassino paranormal em série em um mundo pós-apocalíptico sem humanos e povoado por zumbis. A sinopse pode soar nonsense, mas, mesmo com um orçamento baixo, o roteiro rendeu uma boa história dirigada por Davi de Oliveira Pinheiro - a ponto de render alguns prêmios ao filme.

Desaparecidos
Também recente, a película de David Schurmann lançada em 2011 aposta no clichê grupo de jovens e câmera subjetiva, elemento que fez sucesso em filme como A Bruxa de Blair e REC. No caso, o bosque americano e o prédio claustrofóbico dão lugar a resquícios de uma Mata Atlântica assustadora.

Amor Só de Mãe
O diretor Dennison Ramalho pediu ajuda a um pai de santo para escrever o roteiro desse que é um dos curtas mais caros realizados no Brasil - orçado em R$ 60 mil. Se a ideia dele era dar maior verossimilhança à história, ele foi bem sucedido. O filme equilibra sincretismo religioso, assassinatos brutais e uma tensão crescente em uma história que tem cara de lenda brasileira.

21º Mix Brasil

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Interior. Leather Bar

Interior. Leather Bar

O Mix Brasil, festival LGBT de cultura, chega à 21ª edição com a maior programação da história, segundo a organização. Serão exibidos mais de 140 filmes divididos em mostras, além de eventos paralelos, apresentações e performances artísticas.

O cinema fica a cargo do “Panorama Nacional”, do “Panorama Internacional” e de uma mostra competitiva de curtas-metragem. Na seleção há espaço para clássicos revisitados, como Interior. Leather Bar, filme inspirado na obra Parceiros da Noite, estrelada por Al Pacino.

O longa abre o festival e tem direção de James Franco e Travis Mathews. O diretor também assina outras películas do Mix Brasil que, nessa edição, terá uma lista especial de filmes alemães na temática LGBT em comemoração ao ano Alemanha + Brasil 2013.

Vai lá: 21º Mix Brasil
Quando:
 de 7 a 17/11 (São Paulo); de 14 a 21/11 (Rio de Janeiro)
www.mixbrasil.org.br

Trailer de Interior. Leather Bar, dirigido por James Franco

Parabéns, Serguei!

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Reprodução

Serguei e Arthur, em 2002

Serguei e Arthur, em 2002

O Fauno de Saquarema completa 80 anos e ainda quer pegar geral

Há quem diga que ele é um viajante espacial que foi gerado por uma explosão de luz no momento da criação do universo. Os que não acreditam nisso, comemoram hoje o aniversário de Sérgio Augusto Bustamante, o popular Serguei, mais famosos pansexual do Brasil que já pegou a Janis Joplin e morria de tesão pela bunda de Marlon Brando. Neste 8 de novembro, o Fauno de Saquarema completa 80 anos e continua a todo vapor, se não no mercado fonográfico, pelo menos integrando o inconsciente coletivo com sua provocativa veia sexual-psicodélica.

Aqui na Trip, sempre com Arthur Veríssimo, o Batman para seu Robin, nunca faltou espaço para o místico. Em diversas ocasiões ele estampou as páginas da revista, incluindo um icônico retrato em nu frontal (que você vê no fim da página) na primeira vez que foi entrevistado pelo nosso repórter excepcional, em 2002. Na edição #107, de dezembro de 2002, começou o caso de amor platônico entre Arthur e Serguei, uma dupla que se repetiria algumas vezes de lá para cá. 

Na edição #180, de agosto de 2009, Arthur voltou a Saquarema acompanhado por Théo Becker, que foi experimentar a meditação ao lado de Veríssimo e do roqueiro-brasileiro. Quatro meses depois, a dupla roubou a cena na Feira de São Cristóvão com a cantora Rosana, outra sobrevivente do cenário pop nacional. Neste ano, na edição #199, Arthur voltou a encontrar a lenda viva, desta vez acompanhado por dois xarás na missão de encontrar um substituto à altura para assumir as honras de repórter excepcional. Esse encontro, para nossa sorte, também contou com um making of a altura desse choque de titãs.  

Parabéns, Serguei. Que venham ainda muitos anos de sexo, alegria e de mais encontros registrados pelas páginas da Trip

Reprodução

Serguei e Arthur, em 2002

Serguei e Arthur, em 2002

Como ouvir rádio no século 21

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O que guia a sua vontade na hora de ouvir música? A resposta mais óbvia é o seu gosto. Quando era criança, você implorava a sua mãe para que o seu disco predileto (e só podia ser aquele!) fosse tocado. Se não rolasse, havia choro. Você cresce, se torna mais plural e, de repente, o século 21 traz mais um dilema: como ouvir música?

Se a gente lembrar que pagar por uma música já deixou de ser uma tarefa pouco comum e que você pode comprar a que você quiser para depois colocá-la em seu celular, por que ainda ouvimos rádio?

A resposta é menos complicada do que parece. Não é doença, tampouco mania ou teimosia. Trata-se de uma experiência quase randômica com exatamente o que você gosta. O programador elabora a programação de acordo com o que ele espera que um determinado público vá gostar. O ouvinte escuta a seleção passivamente, sabendo mais ou menos o que ele terá pela frente. Parece século 20, mas é 2013. E muita gente ainda faz isso.

“Uai, mas então é pra não ouvir rádio?”, você talvez pergunte. A resposta é “não”, mas merece um complemento: “Não do jeito que a maioria faz”. Interação é muito mais do que você pensa. Na Oi FM, por exemplo, a programação é sua. Com um login na “Minha Oi FM”, você deixa a rádio com a sua cara e, de repente, novidades culturais, playlists especiais, tesouros musicais e notícias sobre tudo o que você gosta completam a programação.

De quebra, um dos melhores times de programas ávidos para surpreender você possui uma faixa especial na Oi FM. De segunda a sexta, China, o Maurício Valladares (ou MauVal para os íntimos), Marcelo Ferla e Yugo fazem das 21 horas o melhor random do seu rádio. E o melhor: não estava ouvindo, perdeu o programa? No site da Oi FM você pode escutá-los na íntegra.

Na segunda, China lidera o Independência com tudo aquilo que você precisa ouvir dos lançamentos independentes da música brasileira. Depois, na terça, é dia do MauVal comandar o “ronquinha”, como ele mesmo fala. No Ronca Ronca, Valladares barbariza uma playlist com novidades exclusivas, tesouros resgatados e entrevistas com quem está na boca do gol da música contemporânea. Na quarta, Marcelo Ferla vai juntando os cacos da música e os leva coladinhos, de A a Z, para você no Conexões. E, na sexta, pode preparar o esquenta com o Supernova. De Londres, Yugo favorece o trending topic do teu fim de semana com tendência e artistas do Brasil e do mundo.

Para saber mais acesse:  http://tinyurl.com/OiFM-na-WEB

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Lançamentos: 2013 até aqui

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O ano foi generoso. Tem M.I.A. e Eminem, do lado internacional. Tem o letuce Lucas Vasconcelos e o ultrapop Marcelo Jeneci representando o Brasil em 2013. Não é pouca coisa. Selecionamos alguns dos melhores lançamentos de 2013 até aqui:

Eminem | Berzek

Esse é o típico primeiro single de um álbum de Eminem. Para lançar o volume que continua seu álbum de 2000 ("Marshall Mathers LP"), o rapper se uniu com o produtor Rick Rubin e produziu essa joia quase Beastie Boys. Cheia de riffs de guitarra e com um encapetado Em’ nas rimas, “Berzek” iguala-se a “My Name Is”, “The Real Slim Shady”, “Without Me” se a competição for pelos melhores primeiros singles da carreira.

Marcelo Jeneci | De Graça

O paulista da pobre Guainases foi salvo pela música. Seu pai consertava todo tipo de aparelhagem e levou o sonho de ser músico ao filho. Marcelo Jeneci não desperdiçou: virou músico predileto de José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos e, agora, lança o sucessor de “Feito Pra Acabar”. O single carrega o nome do novo álbum e é um mashup de Arnaldo Antunes com Caetano Veloso em um nível interessantíssimo.

Lucas Vasconcelos | Amor Uma Palavra de Cada Vez

Dando um tempo no casal e no par musical, o Letuce (dividido com a ex-mulher Letícia Novaes), Lucas Vasconcelos lança seu primeiro álbum “Falo de Coração”. Aqui, todos os processos que levaram Lucas à música dão as caras. As experimentações rock com o Binômio e as loucuras pop-indie com o Letuce são as deixas para a estreia.

M.I.A. | Come Walk With Me

Ao que parece, M.I.A. resolveu pegar um ar na praça. O tom pesado e, por vezes, sombriamente dançante parece ter espairado e caído em uma outra vibe. A prova disso é o primeiro single do novo álbum “Matangi”. “Come Walk With Me” é uma diversão que parece começar ensolarada e termina numa pista de dança da Jamaica. Fantástica.

Móveis Coloniais de Acaju | Sede de Chuva

Falando sobre o tempo seco de Brasília e dos corações de quem precisa amar, a farofa búlgara-brasileira do Movéis Colonais de Acaju emplaca mais um hit na alma dos indies brasileiros. Tudo o que você já sabe deles está em “Sede de chuva”: a voz do carismático André Gonzales, os metais do leste europeu, a letra com sacadas espertas. Móveis em estado bruto.

 

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No Instagram Seria Assim

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Basta uma espiada no Facebook ou no Instagram para um selfie (uma autofoto) surgir com aquele pedaço de braço no canto da imagem denunciando o narcisismo do fotógrafo. Uma agência de publicidade sul-africana decidiu aplicar a técnica em fotos clássicas, como esta ao lado, em anúncios do jornal Cape Times. “Escolhemos fotos de pessoas famosas e as manipulamos como autorretratos”, explica Dane Alexander, diretor de arte da agência Cape Town. Segundo ele, quando fotógrafo e objeto fotografado são a mesma coisa, há uma aproximação com o fato, o que dá a ideia de “notícia em primeira mão”.

Silêncio no recinto

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Zuma Press, Inc./Alamy/Glow Images

Em Minneapolis (EUA) existe um lugar onde nenhum ser humano aguenta ficar por muito tempo. Construída para testar sons sutis, como toque de celular, e para treinar astronautas da Nasa a suportar o silêncio espacial, a câmara sem eco da Orfield Laboratories ganhou o título de local mais silencioso do mundo do Guinness Records. Com paredes de aço, concreto e placas de fibra de vidro, a sala absorve 99,99% do som ambiente. Quem entra ali ouve apenas ruídos internos, como respiração e batimento cardíaco. A sensação é tão agonizante que o recorde de permanência foi de meros 45 minutos.

Que boneca!

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Divulgação

Olha essa gata dando mole para você. É mentiiira! E culpa da empresa californiana Abyss, que desde 2003 se especializa na arte de fazer bonecas tão verossímeis que murchariam os modelos infláveis mais conhecidos. Elas são customizáveis: o cliente pode escolher entre três tipos de corpo e dez de rosto. Os três orifícios contam com um “poderoso efeito de sucção quando penetrados”, diz o site da empresa. E dá para escolher as cores dos mamilos, da genitália e até pedir sob encomenda uma transexual. Aos solitários do Brasil (e abonados, já que os modelos mais baratos custam US$ 6 mil e os mais caros, US$ 25 mil), uma boa-nova: eles entregam aqui. 

Modelo popular

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Guilherme Zauith

O Chevette Hatch 1982

O Chevette Hatch 1982

Com clubes formados por milhares de fãs espalhados pelo Brasil, o pequeno Chevette é uma prova de que a paixão por um carro pode aproximar as pessoas

Muito antes da popularização da internet e do surgimento das redes sociais, o gosto por um determinado modelo de automóvel já reunia grupos e formava comunidades de entusiastas ávidos por debater e trocar informações sobre um mesmo assunto. “Nosso clube nasceu em 1997, depois que eu e outro proprietário fomos barrados em um tradicional evento reservado para carros clássicos”, conta o publicitário Luís Antônio Mascellaro, fundador do Chevette Clube do Brasil. “No começo, o grupo cresceu de maneira lenta. Cruzávamos com outros donos de Chevette no trânsito ou no posto de combustível e, dessa forma, arrematávamos novos sócios. Hoje, com o Facebook, somos mais de 5 mil nomes cadastrados em todo o Brasil”, explica.

Lançado no Brasil em 1973 para combater o Fusca, o pequeno modelo da Chevrolet permaneceu longos 23 anos em produção, chegando à liderança do mercado em 1983. Além de passar por duas grandes evoluções de estilo, o Chevette gerou frutos como a perua Marajó e a picape Chevy 500, superando a marca de 1,6 milhão de unidades comercializadas no país.

Sozinho Jamais

Mesmo sem fazer parte de nenhum clube, o publicitário e colecionador Rubem Duailibi afirma jamais se

Guilherme Zauith

Detalhe do painel do automóvel

Detalhe do painel do automóvel

sentir sozinho quando sai ao volante de seu impecável Chevette Hatch 1982. Relíquia de família, o exemplar, cuidado com zelo desde que era um zero-quilômetro, invariavelmente atrai curiosos e desperta nostalgia por onde passa. “Sempre tem alguém pedindo para tirar foto ou para contar que possuía um modelo igualzinho no passado”, conta o colecionador.

Houve até uma noiva que teve um Chevette como primeiro carro e alugou o exemplar de Rubem para chegar à igreja, embora tenha saído do casamento a bordo de um Rolls-Royce, narra o dono, surpreso com o status de raridade que o popular Chevrolet vem adquirindo – mas já completamente acostumado à capacidade que o automóvel tem de criar conexões e fazer nascer amizades.


Em busca da 'experiência'

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Você já está se acostumando: o ano começa e, junto com as tradicionais especulações esportivas (quem vai, quem vem), o brasileiro começa a fazer sua torcida por determinada atração em algum festival que role no país. E não é tarefa mais tão difícil: os grandes Rock In Rio, Lollapalooza e os médios Planeta Terra, Sonar e Back2Black garantem atrações para quase todos os tipos de público. Não foi à toa que o Lollapalooza comemorou, ainda com a edição de 2013 rolando, a continuação do evento no país em 2014. Os eventos saciam os fãs que, por sua vez, retribuem lotando os festivais atrás da banda predileta. Esse ano, além do Lolla, a franquia dos Medina, no Rio de Janeiro, ostentou os ingressos esgostados em todos os dias de festival. O ano que se aproxima parece que soprará bons ventos naqueles que chegam no início da tarde e só saem após o último show de cada festival. Isso porque algumas incógnitas desanuviaram em 2013. Um deles, o Planeta Terra, parecia que não ia, que ia se juntar ao Sonar no bloco dos cancelados e, de repente, foi. Em agosto, um mês depois do início das vendas das entradas, o primeiro lote já tinha se esgotado para conferir, principalmente, Beck, Blur e Lana Del Rey. Agora nas mãos da Time for Fun, o festival parece ter conseguido manter vivo o clima de festival que, além dos shows, é o que conta para muitos dos que encaram a maratona. Blur, “Tender” @ Planeta Terra 2013

E é a mesma T4F que assume um dos principais eventos de 2014: o Lollapalooza, criação de Perry Farrell. Agora em Interlagos, zona sul de São Paulo, o festival já divulgou os headliners (Muse, Arcade Fire, Soundgarden e Nine Inch Nails) e outras boas atrações (Phoenix, Vampire Weekend, Jake Bugg, Lorde e Ellie Goulding, por exemplo) do extenso line-up – agora concentrado em um dia a menos do que o de 2013, que teve três dias de shows. Neste ano, o Lollapalooza viu a edição brasileira sofrer com o cheiro tão característico quanto desagradável da Chácara do Joquei ao mesmo tempo em que conseguiu fazer a alegria de um público muito diverso. Foi possível conferir como era Black Keys ao vivo (banda que, pra muitos, ainda parece temporã no mercado musical) e atrações que já asseguravam uma característica épica antes mesmos de subirem no palco. E foi assim mesmo: seja pros fãs Killers ou do Pearl Jam. Isso sem contar a reunião do Planet Hemp que aconteceu no mesmo horário de Hot Chip e Major Lazer, unindo três decadas (90, 2000 e 2010, respectivamente) e atrações como Franz Ferdinand e Two Doors Cinema Club que garantiram o meio-de-campo da programação. Franz Ferdinand @ Lollapalooza 2013

Planet Hemp @ Lollapalooza 2013

Mesmo em três dias, a edição 2013 do Lollapalooza ainda não trouxe para o público a experiência possível em grandes festivais como o britânico Glastonbury ou o americano Coachella e tampouco alcança o charme do espanhol Primavera Sound. Seja por uma falta do “espírito” desses festivais ou mesmo por uma programação um tanto escassa se compararmos os citados, a edição brasileira ainda alimenta mais as esperanças dos fãs de algum headliner do que propriamente daqueles que almejam uma experiência nos eventos. O que não é ruim de todo, mas há quem se pergunte quando poderemos ver algo próximo de um pôr-do-sol com Fleet Foxes que acontece no Coachella (esse em 2009)…

… ou um show supresa do Radiohead no Glastonbury, em 2010:

Vai, não precisa ser o Radiohead, nem o pôr-do-sol da Califonia. Mas os festivais no país podem surpreender mais. Pelo menos é o que esperamos e que, em 2014, o Planeta Terra, com o seu caráter um pouco mais intimista que o Lolla, consiga trazer algum clima de festival para o Brasil – como faz muito bem o ainda pouco falado Back2Black, que ocorre no Rio de Janeiro (e, em uma versão menor, em São Paulo). Mesclando grandes atrações com grandes promessas ou artistas que já estão com aquele burburinho na gringa, o Back2Black, desde 2009, não só alcança o seu objetivo principal (conectar os diversos tipos de música negra feita no mundo) como também recria uma certa experiência de descoberta e interação para o público. O festival é responsável pelas vindas de artistas como a quase-sensação-pop nigeriana ASA, o norte-americano Aloe Blacc, e os maleses Oumou Sangaré e Tinariwen. Isso sem contar as dobradinhas e junções inusitadas que se apresentam nos palcos alternativos. Quem viu, sabe que dá certo. Seja no Back2Black ou mesmo em um festival grandioso como o Rock In Rio. Vale a pena apostar na diversidade. Pelo bem do espírito dos festivais.

Para ouvir seus artistas preferidos acesse: logoOiFM

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