Tradicionalmente, o fim de outubro marca a comemoração do Halloween nos países anglo-saxões. No Brasil, a data marca a divisão de boa parte da população em dois times: apoiadores e detratores da festa - alguns não querem vê-la nem pintada como Dia das Bruxas. Para não escolher uma camisa, mas também para não ficar indiferente à polêmica, resolvemos juntar o lado bom de cada lado - ou o lado ruim, nefasto e horroroso. A solução veio com uma lista de filmes de terror feitos no país. A seleção vai de clássicos a novidades e tem até espaço para curta-metragem. A única obrigação é botar medo ou causar repulsa sem deixar de usar os temperos da terra. (Atenção: a maioria dos filmes é recomendada a maiores de 18 anos) Trilogia de Zé do Caixão Trilogia Fábulas Negras Porto dos Mortos Desaparecidos Amor Só de Mãe
José Mojica Marins está no rol de cineastas cujas criaturas superam criadores. Sob sua direção e atuação o coveiro sádico Zé do Caixão é, até hoje, sinônimo de terror no Brasil. Sua estreia nas telas foi em 1963 com o título À meia-noite levarei sua alma, seguido por Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver de 1966. A busca do personagem pela mulher perfeita só seria finda em 2008 no filme Encarnação do Demônio.
Filmado pela produtora de mesmo nome, os filmes Mangue Negro, A Noite dos Chupacabras e Mar Negro são escritos e dirigos por Rodrigo Aragão. Especialista em efeitos especiais, o jovem não economizou em sangue jorrando, carne em decomposição e golpes mortais nos filmes que juntam o fino do gore e slasher a lendas e cenários brasileiros.
Policial persegue assassino paranormal em série em um mundo pós-apocalíptico sem humanos e povoado por zumbis. A sinopse pode soar nonsense, mas, mesmo com um orçamento baixo, o roteiro rendeu uma boa história dirigada por Davi de Oliveira Pinheiro - a ponto de render alguns prêmios ao filme.
Também recente, a película de David Schurmann lançada em 2011 aposta no clichê grupo de jovens e câmera subjetiva, elemento que fez sucesso em filme como A Bruxa de Blair e REC. No caso, o bosque americano e o prédio claustrofóbico dão lugar a resquícios de uma Mata Atlântica assustadora.
O diretor Dennison Ramalho pediu ajuda a um pai de santo para escrever o roteiro desse que é um dos curtas mais caros realizados no Brasil - orçado em R$ 60 mil. Se a ideia dele era dar maior verossimilhança à história, ele foi bem sucedido. O filme equilibra sincretismo religioso, assassinatos brutais e uma tensão crescente em uma história que tem cara de lenda brasileira.
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Terror da terra
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